quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
domingo, 6 de dezembro de 2009
Miséria
Recordar é viver…
Poema 12 de Julho de 2005
Miséria
Ali… no meio do nada
Estava uma criança caída…
Mostrava tristeza e medo…
Mas mostrava também,
Que a morte se iria apoderar dela.
Ali, deitada no chão,
Chorava a falta de carinho da mãe,
A saudade do pai,
A vida injusta que a fez nascer.
Chorava ainda,
A fome que tinha,
A desgraça dos seus pais,
Que trabalhavam dia e noite,
Para trazer um simples pão,
Que fizera aquela criança chorar tanto.
Eu
Recordar é viver…
Poema Julho de 2005
Eu
Eu sou a que passa na rua e todos ignoram
A que chora sem saber porquê
A que grita por medo…
Eu,
Eu sou a que sorri, e ninguém presta atenção
A que olha, e afastam seus olhares
A que foge do silêncio, e
Procura as palavras que nunca lhe disseram…
Eu,
Eu sou a que não quer viver nesta vida sem sentido
Sou a que ninguém compreende nem quer compreender
Sou a que isolam sem saber o motivo.
Eu…
Eu sou ninguém…
Mas para mim,
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Álvaro de Campos
(imagem: flor cansada de viver.)
Fernando Pessoa é considerado um dos maiores poetas portugueses. Apesar disso, a sua versatilidade e personalidade confundem muitas pessoas, e a outras, despertam ainda mais interesse em estudá-lo. Na verdade, Pessoa é uma caixinha de surpresas… Por mais que se tente percebê-lo, todo ele era contraditório. E, conseguir compreendê-lo na sua totalidade, na minha opinião, é completamente impossível. Sobre Pessoa nunca se saberá tudo. Mas concordo que será uma eterna inspiração, no que se refere á literatura. Fernando Pessoa conseguia transformar simples palavras, uma caneta e uma folha de papel, em sentimentos.
Mesmo assim, a cabeça de Pessoa era de tal forma um turbilhão de ideias, que não prescindiu de subdividir a sua imaginação, em diversos heterónimos. Ou seja, o seu pensamento era de tal forma abrangente e contraditório, que teve necessidade de criar várias pessoas/personalidades, para assim, conseguir acompanhar os seus raciocínios, os seus pensamentos, as suas vontades.
Álvaro de Campos surge como oposição a Ricardo Reis; o que Reis tem de exacto, Campos tem de maleável, o que Reis apresenta de rigoroso, Campos demonstra irracional. Este heterónimo de Pessoa, tem como ideal de vida, sentir tudo de todas as maneiras e de todas as formas. Para Campos a sensação é tudo; ou seja, o sentir é a base da vida de todas as pessoas. Ninguém pode estar indiferente a uma sensação. E, ele, procura aproveitar todas as sensações até á ultima gota, até á exaustão, até que se sinta vivo, devido a tal! Sendo assim, a sensação é a essência da vida, e a base deste heterónimo.
Poeta sensacionalista por excelência, “escandaloso” e moderno, Campos descreve um mundo em mudança, por causa da revolução industrial.
Fernando Pessoa já era contraditório. Mas, Álvaro de Campos também passa por três diferentes formas, que se reflectem nos seus diversos poemas. A primeira fase, a fase futurista (que se verifica no poema “Ode Triunfal”) caracteriza-se por um êxtase total devido ao “mundo industrial” da época. É a pura euforia, o deslumbramento, o histerismo genuíno pela indústria. Tem até, uma atracção erótica, desejo pelas máquinas. A segunda fase – fase Decadentista – que está explicita, por exemplo, no poema “Opiário”. Baseada também nas sensações, procura novas sensações, pois exprime cansaço e tédio. Nesta fase o poeta encontra-se “perdido”/nostalgico, com falta de um rumo para a sua vida. Está farto da monotonia! É marcado pelo romantismo e pelo simbolismo. A última fase, a fase Intimista, analisa-se no poema “O que há em mim é sobretudo cansaço”. Nesta etapa, Campos sente-se vazio, incompreendido e marginal. Marginal não no sentido de delinquente ou criminoso, mas no sentido de estar á margem da sociedade. Ou seja, a sociedade contenta-se com isto, mas ele, para sobreviver tem uma necessidade, uma ambição de mais. De algo que o preencha! Sofre assim, fechado em si mesmo. Sente-se angustiado e cansado.
Álvaro de Campos tem a necessidade de ultrapassar os limites, afundar as barreiras e derrubar obstáculos – tem sede de mais sensações! É alguém tão insaciável, que deseja até “ser toda a gente em toda a parte”. Mas, nem toda a sua vida é homogénea. Se é eufórico também se sente cansado a ponto de desejar destruir a sua própria vida.
Para mim, Fernando Pessoa é um espelho da sociedade. Mas nele apenas se transparecem as loucuras que muitas vezes são escondidas dentro de cada um, apenas por causa da imagem, pelo que os outros pensam de nós. É admirável ver alguém assim. Sem preconceito ou barreiras que o impeçam de ser imensas pessoas num só corpo. Ninguém pode impedir os sonhos, a imaginação que cada um transporta dentro de si. Fernando Pessoa é a prova de que podemos seguir a nossa loucura mental. Um grande poeta, do qual nasce o heterónimo de que falo nesta dissertação. Por gostar mais de Álvaro de Campos, resolvi escolhê-lo para tema. Apesar de todos os seus devaneios tem razão – as sensações são a base da vida.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
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segunda-feira, 26 de outubro de 2009
A Raça Humana está repleta de Paixão
O ser humano tem imaginação! E é a imaginação que o faz viver, sonhar! Aliás, até é a imaginação, que o faz querer voar mais alto, e tentar usar como modo de vida a máxima horaciana Carpe Diem. Juntamente com a criança que sai da barriga de uma mulher, sai uma redoma cheia de sensações. Á medida que o Homem vai crescendo, cada vez vai aperfeiçoando mais a sua forma de transparecer os seus sentimentos. Ser algo verdadeiro é que faz com que escrever seja algo vivido. E, para quem lê, seja algo sentido. O ser humano é muito complexo! Conseguir transmitir a outras pessoas o que sente, com simples palavras, faz com que tenha um dom em relação aos restantes seres vivos. A raça humana tem necessidade de libertar o que fervilha lá dentro. Quer seja algo bom ou algo mau, se for sentido, dará origem a um texto formidável e facilmente compreendido e apreciado. O homem está coberto não só de paixão, mas de um monte de sensações que não faz sentido que as guarde só para si. Mesmo que não as queira partilhar, o papel e a caneta são sempre bons ouvintes, pois guardam tudo para si. Sermos membros da raça humana faz com que tenhamos vontade de ler e escrever. Escrever para libertar o que transportamos dentro de nós, e ler para evoluir! Pois, com a evolução, poderão surgir novas maneiras de aproveitar a vida (Carpe Diem).
Citação: O poeta é um fingidor, finge tão completamente que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente.
Fernando Pessoa
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
i'm in love
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
ele/A
tu
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
caixinha de segredos
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
sonhos
terça-feira, 22 de setembro de 2009
horizonte
"um vazio de mim, em dias deprimidos"
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
"estou apaixonada"
se pensar em mim...
liberdade pensada!
domingo, 20 de setembro de 2009
tenho medo de...
nascer
terça-feira, 25 de agosto de 2009
“Podia ter ficado ali para sempre, numa espécie de transe entre a terra e o céu”
2008-11-02
quinta-feira, 30 de julho de 2009
o bem e o mal
segunda-feira, 27 de julho de 2009
o que está mais perto de nós, é sempre o nosso coração!
domingo, 26 de julho de 2009
terça-feira, 21 de julho de 2009
Família
A vida de cada um é uma sucessão de mudanças! Gente que passa, que marca, que magoa… mas há sempre aqueles que ficam! A nossa família! Apesar de tudo que se passa, e que me envolve, quero muito ser feliz. Assim, tenho que me apoiar nas minhas bases, e refugiar no meu sangue, não tirando do meu pensamento que tenho tudo para conseguir ser feliz!
segunda-feira, 20 de julho de 2009
pai
quarta-feira, 15 de julho de 2009
noite
Exactamente! É, na maior parte das vezes, na noite, que consigo ser mais verdadeira. Mais eu! Não que o dia, a cor, a vida, não me traga alegria. Muito pelo contrário! É a luminosidade que dá cor á minha vida. Mas a noite, tem sempre aquele toque especial, que me deixa á vontade, porque, pela escuridão, não há olhares indiscretos procurando saber o que se passa! O que vivo!Sou inconstante. Consigo zangar-me comigo própria, por nem eu conseguir acompanhar a minha disposição, as minhas mudanças, o meu feitio. Durante a noite, e com as palavras acompanho sempre esse carácter que ninguém percebe. Essa personalidade que ainda me custa aceitar a mim própria! Realmente, cá dentro, cada vez faz mais sentido aquela frase que se usa normalmente «ninguém é perfeito».
?
domingo, 12 de julho de 2009
Agradecimentos
Mas, essencialmente agradeço ao meu pai que venero como um Deus, um Santo! O meu Santo! A minha admiração por ele faz com que dedique tudo o que faço de bem, ou que tento fazer bem, dedique a ele. A ele! Que gosta de mim, e está perto de mim! Ao meu amor… o meu pai!
Meu pai… razão de eu estar aqui!
sexta-feira, 10 de julho de 2009
folha
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Metade Cor... Metade Palavras!
terça-feira, 7 de julho de 2009
Quero-te perto de mim!
Quanto á eutanásia… há muitas opiniões, e cada pessoa se fundamenta e baseia, segundo valores e crenças suas. Não sei se foi da minha educação, da maneira como me falaram do assunto, ou do que fui ouvindo! Uma noite, quando era pequena, tinha para aí dez anos; o meu pai estava a ver um filme sobre o assunto. Eu, na altura não tinha capacidade nem maturidade para interpretar aquilo tal qual se passava. Mas, o meu pai, simplificou-me aquilo, para que até eu, com dez anos, percebesse. “Está uma senhora muito doente na cama. E ela vai acabar por morrer. Ela está a sofrer muito. E a fazer sofrer as pessoas que gostam dela. Ela só se quer libertar de tudo. Porque a dor que ela sente, é muito intensa, e já lhe tirou todas as forças e esperanças de viver”. Realmente, a senhora do filme só chorava. E, o que a fazia viver era uma máquina. Se, a senhora estava tão mal porque não podia ser ela a decidir o seu futuro? Já que não tem hipóteses? Ponho-me no papel da senhora, e realmente queria mesmo morrer. Não queria fazer chorar aqueles que gosto, e obrigá-los a ver a minha imagem tão decadente… se calhar, tão diferente do que fui. Queria que se lembrassem de mim, como eu um dia tinha sido. Mas e no papel de familiar? No papel de familiar seria muito egoísta. A verdade é que morrer, é tão definitivo. Tão sem volta. Para a morte não há solução, e isso arrepia-me. Será que preferia ter uma pessoa a sofrer, mas viva comigo, mesmo que por uma máquina? Ou morta, mas ao menos a morrer descansada, como alívio de um sofrimento tão contínuo e forte? Como familiar, não gostava de ser a responsável por perder alguém querido. Sei que é egoísta. Mas se me dessem a escolher, preferia ter as pessoas vivas, mesmo que dependentes de mim! Perder alguém pela morte, é o que se pode sentir de mais esquisito. O que nos faz sentir mais impotentes, mais estranhos. Saber, que a pessoa com que convivíamos todos os dias. No pequeno-almoço, que nos levava á escola, que nos ligava a saber onde estamos, que nos comprava coisas, que nos dava um beijo de boa noite. Perder isso, é perder parte de nós! Perder alguém, é o mais estranho que já senti. É uma sensação única de vazio, que nunca poderá ser preenchido! O que me assusta, é se realmente há outro mundo, para eu puder encontrar todos os que perdi, e ser feliz, aí na eternidade! As saudades doem e moem por dentro. Saber, que ontem te tinha, e que quando estava a chorar, me beijaste a testa e disseste “calma filha, eu estou aqui”. E hoje? Hoje não estás. Não está o teu beijo, não está o teu carinho. Não está a tua mão. O pior… não estás tu! Sinto a tua falta. Na verdade, quando me olho no espelho, sei que sou uma parte de ti! Metade do que sou, é o que tu foste! O que és. Amo-te aqui, hoje, e para sempre. Onde quer que eu vá, onde quer que eu esteja, estás em mim, nos meus olhos, nos meus órgãos, na minha boca, na minha pele… em mim! Eu sou parte de ti. E isso, deixar-te-á viver mesmo quando já não estás aqui. Acima de tudo, estás na minha cabeça e no meu coração! Eu sou tu!
A morte é o tema que põe toda a gente triste. Sem resposta. E se morresse agora? Ficava tudo dito? Tinhas tido as mesmas atitudes que tiveste até agora? Sentias a minha falta? E se eu soubesse que ia morrer? O que faria? E se estivesse tudo bem, e no regresso a casa, um carro despistado me atropelasse e eu tivesse morte imediata? A morte destrói tudo o que penso em construir. A minha cabeça está cheia de informação! Mas quando vem a palavra morte, fico vazia! Porque na verdade, para mim, morte é vazio! É nada. Morte é destruição! É a destruição de tudo aquilo que tínhamos construído! É como que eu passasse toda a minha vida a recolher pedras para construir um castelo. E no dia que consegui a ultima pedra para terminar o castelo, chego ao sítio onde o estava a construir, e ele não está lá. Viver, é uma construção contínua. Que se faz com o que se aprende todos os dias. A morte, é a rasteira da vida.
Quanto á eutanásia. Será que o homem tem o direito de tirar a vida quando está a sofrer? Ou considerar-se-á cobardia? A minha opinião varia conforme a situação. Sempre baseada em egoísmo. Se sou a personagem principal, opto pelo meu bem estar… como se for secundária, também opto pelo melhor para mim! Quando estou de fora, digo simplesmente que concordo. Mas, se eu não disse que queria nascer, terei eu direito de escolher a minha morte? Ou a morte deverá ser inesperada tal e qual o nascimento?
segunda-feira, 6 de julho de 2009
sou sempre diferente...
Sinto-me eu, quando tenho a liberdade de fazer as minhas escolhas. Se num dia de chuva torrencial, prefiro embrulhar-me num cobertor a ver um filme, ou se num dia de muito sol, apetece-me saltar, correr e beijar. Tudo faz parte de mim! Tudo isso me constrói e eleva! Sou eu sim… nas diferentes personagens que visto! Se ontem fui a noiva desesperada porque me largaste… hoje sou a empresária de sucesso, em frente a um computador! Amanhã, posso ser mãe! Eu não sou um. Sou muitos! E, isso é que faz de mim EU! Não mais uma pessoa que vive! Que se limita a trabalhar para se sustentar. Ou que estuda para agradar os pais! O que é a vida sem ambição? Será que vale a pena viver num berço de ouro, em que não se contacta com o que é verdadeiramente original? Ou, são os tombos e tropeções que fazem com que eu seja individual? E minha forma de vida? Também não influencia tudo? Claro que sim! Se combater sempre o comodismo evoluo sem que ninguém dê conta… porque evoluo por dentro.
Podem-me tirar tudo! A minha família, as pessoas que gosto, o meu trabalho, a minha escola, podem até tirar-me tudo o que aprendi, e fazerem-me sofrer o dobro do que já sofri! Mas, não me podem levar a minha imaginação! A minha vontade de escrever. O meu alivio de desabafar em folhas! De onde nada sai. Posso confiar plenamente em tudo o que conto, que sei, que as folhas e a caneta, são minhas confidentes, e que me apoiaram! E, que, essencialmente não me deixarão ficar mal! Encarno várias personagens de acordo com o cenário que me envolve, e com as pessoas com que estou! Sou sempre diferente! E dentro de mim, existem vários “eus” á espera do seu momento para se revelarem! Toda eu sou partes!
domingo, 5 de julho de 2009
Sou mulher, e adoro!
[…]
Há coisas que só se explicam quando se sentem! Experimenta, quando te sentires menos bem, fechar a persiana para que ninguém veja o que estás a fazer, e de langerie dançar como uma louca em frente ao espelho! Observa-te! Ajuda a conheceres-te melhor! E, principalmente a aliviar-te dessa má energia que te envolve. Salta, mexe os braço, e roda! Bufa, curva-te, roda o pescoço, e faz uma careta a ti mesma! Goza contigo própria! Porque a melhor forma de enfrentar os problemas, é encará-los de frente! Ou seja, olha para eles, e mostra que os estás a ver, e que mesmo assim, consegues viver numa boa… consegues enfrentá-los e não são eles que te põe para baixo! Mostra que os problemas, perto de ti, são uma insignificância! Porque és maior! Consigo tratar da minha cabeça quando escrevo! Consigo aliviar o stress todo, se pinchar e dançar como uma doida até cair para a cama!Há melhor do que paranóias de mulher?