segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

"There is no end to love" U2

Os passos eram apressados... Quase numa corrida caminhava na escuridão inglesa das 16h. Quantos mais passos dava, mais longe sentia que estava. E vivia esse momento de agonia e felicidade em simultâneo...

Lembro-me tão bem deste momento... Ao som dos terríveis U2. Ia por Billing Road, quase a saírem-me as pernas pela velocidade. Queria tanto chegar! E as lágrimas caiam-me de felicidade. Uma alegria tão boa dentro de mim!

A música explodia nos phones com a sua máxima intensidade. E foi ela que imortalizou o momento de querer chegar rápido. Ouço-a sempre que quero sentir o que senti naquele momento. Porque ela conseguiu imortalizar tudo o que sentia...

Tão bom que é amar e ser amado. Tão bom que é ser feliz... Mesmo que por momentos!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Somos todos loucos?



O olhar é um inferno. Umas vezes imóvel e fixo, outras vezes aparenta demasiada agitação comprimida e presa num só corpo. O espelho da alma torna-se assustador quando transparece uma realidade demasiado verdadeira. Tudo vem pelo olhar. A ansiedade, a loucura, o devaneio, e até a paz... Qualquer sentimento é projetado através da feição do olhar. E as confusões e delírios tornam estas pessoas, comummente chamadas de malucas, desinseridas da realidade que todos temos como sendo certa... Apesar de poder, talvez, não passar de uma ilusão. Uma fantasia onde se brinca em conjunto, mas que se desconhece a verdade...
Vejo, enquanto espero, várias pessoas. Todas com um ar, uma expressão, um aspecto que evidenciam diferenças. Mas são tantos... que podiam ser perfeitamente a sociedade normal. Porque não?
Uma senhora, de cabelo encaracolado, com madeixas naturais brancas e cinzentas, dedicava-se a apanhar meticulosamente todos os papéis que as pessoas deixavam para trás. Um senhor aparentando cerca de trinta anos estava imóvel em pé. De vez em quando afastava-se rapidamente como se o perseguissem. Olhava em todo o seu redor com uma expressão lunática e assustadora... Como se temesse algo. Havia também uma mulher que parecia uma criança, que se aproximava das pessoas e fazia festinhas no cabelo... Um rapaz andava agitado de um lado para o outro, sempre com um olhar completamente vazio, perdido. Como se algo estivesse dentro dele e quisesse simplesmente voar! Uma alma presa num corpo tenso. Uma senhora de idade andava com o telefone fixo a fazer chamadas para alguém, algures no mundo. Um idoso foi colher flores para as senhoras da secretaria...
Os loucos são assim tão diferentes de nós? Os chamados normais? Nós também não guardamos papéis que, aparentemente são lixo, mas por causa duma palavrinha ou momento mágico, fazem sentido na nossa vida? Nunca fugimos de alguém por medo? Mesmo que nem nos tivessem visto? Quando estamos a sofrer, nunca tivemos um olhar frio e vazio? Nunca fizemos uma festinha a um desconhecido? Mesmo que sem querer?! Nunca quisemos ir mais longe que o nosso corpo permite? Mais longe do que as nossas possibilidades? Nunca colhemos flores para alegrar o dia de alguém? 

Somos todos loucos?

Passado



Passados nove anos volto a entrar no jardim que foi miragem durante um mês. Pequenos flashes invadem a minha mente e criam uma confusão de sentimentos. Por um lado a dor e angústia de estar presa por um crime que nasceu de uma profunda tristeza e desespero. Por outro lado o vento na cara, o sol completo, as bonitas árvores, as pessoas... o regresso a casa... tudo se tornou mais importante, com um brilho maior, com uma intensidade melhor. O sabor da liberdade era permanente. Tudo parecia acabado de surgir. Tudo era tão novo. Tão diferente de antes... Tantas mudanças aconteceram na minha ausência do mundo.

Foram vários dias, demais até, a viver num sonho, onde a loucura e a diferença eram os estados normais... Infelizmente, não pelas boas razões! Mas pelas mais estranhas. Todos que eram considerados, de alguma forma diferentes, com comportamentos ou pensamentos distintos, eram depositados num espaço que prometia milagres e oferecia o inferno. Podia estar de passagem ou ser para sempre. Podia recuperar ou piorar... Tantas hipóteses existiam, mas o sofrimento estava sempre presente.

A rotina instalava-se. Os projetos desapareciam. A vida tornava-se apenas um ato simbólico de respirar. E embora estivesse num corpo que não me deixava pensar, a minha alma continuava a tentar escapar daqueles muros, daquelas grades, e sobretudo, daquelas pessoas. Continuava a tentar flutuar, transcender o meu universo real... simplesmente conseguir imaginar! Só assim permaneceria com vida...

A ilusão de tudo transformou o pesadelo numa amnésia quase total. Não por pedido... mas por defesa. E o esquecimento fez-me transformar tudo em algo incerto, desconhecido. Uma história de uma outra vida passada... Que recordo vagamente excertos, sem querer. A dor, o sofrimento, o desespero ficaram fechados juntamente com a Luísa que deixei naquele hospício.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

papagaio


“Mais alto que as nuvens!” gritava eu do outro lado da linha. Queria conseguir que o meu papagaio verde e laranja atravessasse o mundo. Não só queria que chegasse ao céu, mas que conhecesse o universo, que voasse sem pedir autorização, e, sobretudo, sem depender do fio que segurava suavemente com a mão esquerda. 
O vento puxava-o cada vez para mais longe... e eu deixava-o ir. Como se fosse um ser vivo qualquer que sentia necessidade de chegar sempre mais longe. 
Talvez o papagaio fosse um desabafo da minha alma, uma reprodução da minha mente sobre os meus verdadeiros sonhos e ambições. Queria que nada fosse controlado e tudo fosse possível. Sem depender do mundo, sem depender dos outros, sem depender de materiais! Simplesmente era tudo concretizável, todas as magias e fantasias que nos recebiam à noite, tornavam-se apenas numa realidade colorida e divertida. Sem questões. Sem entraves. Somente felicidade. 
Projetava no papagaio todas essas dúvidas e medos, bem como todas as alegrias que me deixavam descolar os pés do chão e viajar pelo desconhecido. Um simples pedaço de papel devolvia-me todo o sentido de estar vivo... somente por se deixar levar pelo vento... E tu? Deixas-te levar?

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

 
Era tudo tão simples quando só corria descalça na areia fria de inverno. Rapidamente se foi desvanecendo essa teoria de autenticidade e felicidade pura quando começaram a chover indecisões, tristezas, hesitações. Assim se foram construindo as ilusões e os sonhos dentro de mim, que não passavam disso mesmo. O desgosto da tontura da minha vida, levava-me cada vez mais perto da loucura. Sem ambições, sem alegrias, sem sonhos. Que vida é esta? Pobre. Despida. Perdida. Uma total inocência de vida livre, despreocupada, arrumada. Não tenho. Não quero, também. Quero só a alegria e poder de viajar na minha cabeça e esconder-me entre os pensamentos aliciantes que construo sobre mim. Quero conseguir renascer. Voltar a sentir como antes. Antes disto. Antes de tudo. Quero só conseguir viver, em toda a sua plenitude, com todas as suas possibilidades, magias, implicações. Quero tudo e mais qualquer coisa que ainda não tenha descoberto. Simplesmente quero-me a mim, feliz. Espontânea. Envolvida pela vida.
Há dias em que por mais que o sol brilhe é tudo tão cinzento, tão apagado e triste que desmotiva e desanima o meu coração. Não sou mais eu, nem menos eu. Sou apenas eu na minha circunstância... de mal estar. Por mais que eu queira, corra, procure... há sempre algo que me cai no colo como se fosse um enorme pedregulho de gelo. Esfria, petrifica, deprime, entristece, paralisa. Deixa-me num estado perdido... angustiada, sem forças. Apenas porque eu não posso mudar o que não depende de mim! E isso vai-me empurrando para trás, deixando mais longe de uma possível e imaginária meta, querendo colocar-me à margem de tudo. Não queria controlar o mundo... queria só controlar-me! Conduzir a minha vida num sentido positivo, resolvendo todos os problemas com magia. Não dá! Infelizmente não é possível. Concretizável! E isso custa-me. Tira-me todas as minhas forças! Quero tanto que passe. Desapareça.
Há dias em que sou feliz. Mais contente que ontem... Mais radiante, histérica, verdadeira!! Mais eu!
E são tão bons os dias em que os saltos de euforia não chegam para transparecer a alegria que vai dentro de mim. Um sabor especial, uma vontade súbita de estar tudo bem. 
E o mundo, em sintonia comigo, irradia um sol que preenche o céu e me lava a alma. Tão bom que é estar bem... Apesar das tristezas... Apesar das frustrações, problemas... Apesar da vida! Tão bom que é viver... Mais que mágico! É um êxtase de emoções indefinidas, um culminar de sensações inesperadas, uma junção de amores e desamores que nos envolvem e afastam! Tão boas que são as diferentes intensidades, as surpresas e a calma! Afinal, viver é só uma mistura de sonhos e pesadelos...

terça-feira, 4 de novembro de 2014


Que confusão está entre os meus pensamentos e as minhas ações. Queria ser explícita. Queria que todos percebessem as minhas intenções, as minhas palavras. Ao invés disso, nem eu me percebo. Como farei com que entendam os meus completos e extremos devaneios?
Consigo estar sempre no limite das emoções. Não conheço o meio termo. Os extremos sempre me acompanharam... e definitivamente começam a irritar-me! Esta inconstância, esta incerteza fazem com que não me conheça. Com que me surpreenda a mim mesma.
Não queria que assim fosse. Eu tento estar no limiar do correto, tal como as milhares de outras pessoas. Não consigo. É mais forte que eu. É uma impotência completa... esta inconformidade com o que é normal.
Eu não quero ser assim! Eu tento... mas eu não consigo. São as lágrimas e os sorrisos em simultâneo que me baralham; as palavras que se atropelam na minha cabeça, de amor e de desespero; são os meus gestos explícitos que têm tanto de característico como de impaciência. Sou toda eu! Um culminar de diferentes misturas coincidentes.
Não tenho paz. Não tenho sossego, repouso, descanso. Vivo colada a uma instabilidade que já me deu das maiores maravilhas da vida, como já me roubou o chão sem avisar. Em apenas segundos consegui trocar choros por risadas sem sequer me questionar! 
Vou continuando nesta montanha russa que me leva aos limites e não pára. Simplesmente porque, quando parar, não viverei mais na roda da vida, mas sim na frieza imóvel da outra dimensão.

Quero um refúgio! Que me esconda e me liberte consoante os meus sentimentos... as minhas necessidades. É difícil enfrentar a realidade, sobretudo quando temos sempre um sorriso no rosto. 
Quero esconder-me... todos os dias mais longe, todos os dias mais perto. Sempre na minha confusão, nas minhas dúvidas que não me deixam aliviada. 
Viverei sempre assim? Num mar de incertezas que me levam ao limite, mas também numa imensidão de maravilhas! É difícil conjugar esta dupla dimensão que a vida nos obriga a aceitar.
Um turbilhão de emoções e palavras atravessam o meu pescoço e saem pela minha boca, angustiando-me e sorrindo-me como se assim fosse normal. Não quero estar triste e feliz, num mesmo corpo, numa mesma altura. Quero que todas as diferenças se mantenham como tal, nos seus lugares para as distinguir.
E assim vou continuando. A remar contra a maré e ao mesmo tempo ao sabor do vento. Esta dupla intensidade, esta mistura de sentimentos, esta dor e extrema felicidade... ocupam o meu coração e refletem na minha cabeça!
Cansa muito... mas é bom viver!

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Segredaram-me uma coisa que não queria ouvir... Apenas pela complexidade envolvida. Pela agonia e sofrimento que me ia provocar. Não queria tais pensamentos...
Talvez tivesse sentido que um dia ia mudar o mundo... Mas as palavras proferidas derrubaram toda a minha construção. Destruíram o meu coração e acabaram com o meu cérebro. E por mais que eu pense, não encontro respostas.
Não queria ouvir! Eu disse que não queria escutar algo que ia terminar com tudo que sinto certo.

Após todo este tempo de vida no desconhecido há algo, que por mais esforços que o ser humano reúna, nunca vai descobrir: o que há depois disto? O eterno assunto tabu: a morte. Que pode ser encarada com naturalidade, saudade ou tristeza. Pode ser também a junção de tudo. Mas é um assunto que não pode ser desvalorizado. Nem é...

A morte causa uma dor insuportável. Verdadeiros gritos ensurdecedores. Dores no peito. Reflexões pesadas. Uma sensação extremamente má, verdadeiramente aterradora. Mas e o mundo? Importa-se com isso?!
Não. Talvez nem nós próprios. E perceber isso é bastante penoso. 

Os sinais de trânsito continuam a variar o verde, amarelo e vermelho. As formigas andam à procura de alimento pelos jardins. As crianças riem-se na escola ou no parque. O mar bate nas rochas e cobre a areia. As fábricas trabalham e esforçam-se. Os hospitais continuam cheios. O dinheiro permanece fugido de uns e alojado em outros. As viagens continuam a valer a pena! O MUNDO NÃO PÁRA! Não pára por mim, por ti, nem por ninguém. Depois de mortos, a vida neste planeta continua tal como sempre: igual a si própria. Ignorando apenas a morte!






terça-feira, 14 de outubro de 2014


É tão bom recordar o que ficou lá longe... Tão perto da minha alma. Tão longe do teu coração. 
Sempre resultou assim! Enquanto me tinhas distante aproveitavas a fragilidade de me tornar tua próxima. E fui deixando que isso acontecesse. Apesar das inseguranças. Apesar dos desejos. Sempre fui tua.
Nem as forças, nem o pensamento, nem o coração, sobretudo quando estava magoado, eram capazes de te esquecer. Nada! Tudo caminhava do teu jeito, e eu simplesmente me deixava fluir nas tuas mãos...
Ia resultando. Sem perguntas. Sem problemas... Somente com desejo. Levavas-me... E confesso que era mais que mágico.

http://youtu.be/-OSOGX5dPVE



domingo, 12 de outubro de 2014

Estarei sempre disponível para te dar a mão

Há uma necessidade humana, a meu ver, incompreensível, de quantificar e definir tudo o que se passa à nossa volta. Para mim é muito mais importante sentir... De todas as formas, em todos os momentos...
Definitivamente, não está ao alcance de todos, transparecer e partilhar tudo aquilo que vem da alma, do coração ou simplesmente do pensamento. Apenas os "especiais" conseguem ter uma espécie de poder que permite transportarem-se para uma dimensão, onde, com base no amor e na alegria, tudo é extraordinariamente fácil de explicar. 
São essas maravilhas que nos aproximam, nos reinventam e nos fazem evoluir. A capacidade de perceber os outros, preocupando-nos com eles. A amizade é, não apenas tudo aquilo que se diz, mas sobretudo o que se demonstra, não usando palavras. E o facto de perceber alguém somente por expressões faciais ou silêncios  revela a intensidade das coisas.
O mais importante de tudo é permitirmos-nos! Permitirmos descobertas, permitirmos aventuras e não recusarmos o incerto. Sobretudo permitirmos o gostar...
E no meio de tantas voltas da vida, não só minhas, mas também tuas, permitimos-nos! Conhecemos-nos, e em tão pouco tempo construímos algo gigante. Apesar de começarmos do fim, criamos o nosso início. E gosto de ti, não apenas por seres uma das especiais, mas por seres única!
"Os amigos são a família que escolhemos" e eu escolhi-te, bem como tu a mim <3

APOFEN

A ingenuidade de uma criança sempre comoveu o meu coração. Aquela espontaneidade de fazer, sem lembrar o certo e o errado, maravilham-me. Aliás, preenchem-me! A capacidade de trocar as lágrimas por um sorriso em breves minutos, desmoraliza-me e mostra-me de onde vem a correcta força da vida.
Se pensarmos bem, o constante futuro, é o presente de bebés, crianças e pequenos jovens. São o dia seguinte. São o nosso projeto. As nossas alegrias e amores. Sendo todas especiais à sua maneira.
O incrível são aqueles que quebram as regras de forma positiva, e são mágicos na forma não só de ser, mas de compreender. Aqueles que são diferentes do resto, sobretudo nos sentimentos. Aqueles que nos deixam perplexos com atitudes que julgam comuns.
Parabéns à APOFEN por ter conseguido reunir todos esses "especiais" e me ter deixado conhecê-los!

Estou cansada. Sou apenas uma mulher estarrecida. Perdida entre sonhos e pesadelos que me engolem sofregamente. Procuro certezas encontro devaneios... E à medida que descubro este mundo, esqueço um passado distante. 
As forças vão se organizando. Se me fazem levitar, com certeza a razão me fará regressar... E assim vou construindo o meu castelo, inútil e imoral, mas meu!
16-09-2014

E este nó na garganta? Que não se desfaz... não me deixa em paz? Esta dor que sinto cada vez que me lembro da distância para nosso reencontro. Sinto tanto a tua falta. Cada vez com mais força e mais certeza de que devias estar aqui.
Dói-me tanto saber que os dias passam, e cada vez são mais... cada vez está mais longe a tua ida e por isso me dói o coração. Saber que tudo se complica e não tenho a tua mão.
Esta eterna saudade não tem compensação possível. És o meu amor, onde quer que estejas, sempre serás.
Espero-te por perto!

sábado, 11 de outubro de 2014

Formas de amar

Amar é a forma mais complexa mas mais formidável de respeitar e bem-querer alguém. Não se trata apenas de um carinho sorridente, de uma protecção inabalável ou de uma dedicação avassaladora. O amor é uma construção... Um investimento, um ritmo, um caminho!

A beleza do amor está no empenho... Na entrega envolvida na elaboração de uma qualquer coisa. A magia que se ergue apenas de um sorriso é transformadora do mundo, pelo menos, do meu! 

O que eu sinto é diferente, único. Mas materializar o que mais ninguém vive é difícil. A intensidade e a força surgem de dentro para fora, e são imperceptíveis aos comuns olhos despidos. Apenas quem ama, quem me ama, perceberá o meu sentido, a minha explosão... De emoções!

O amor, uma palavra tão pequena e ao mesmo tempo tão inspiradora de tantos mundos... É provavelmente a sensação mais incrível a que o ser humano tem direito de assistir, mas principalmente, viver! E mesmo dividindo-se em tantas formas, são sempre genuínos e fascinantes.

Os verdadeiros amores são impossíveis de destruir! As pessoas são inacreditáveis. Uma combinação perfeitamente fabulosa. Conhecê-las é uma aventura que vale a pena viver. A personalidade, o gosto, a visão! Tantas maravilhas espalhadas num interior de qualquer corpo, disponíveis para receber alguém. Amor de família, amor de amigos, amor de casais. Amor sempre mágico. De pessoas. De bem-estar. De dedicação e amizade. Amor intenso e amores perfeitos!


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Imagino-me seca. Como um ramo de flores cuidadosamente pousado na beira da janela. Dia após dia a sentir a intensidade, o calor, a luz do sol. Inútil. Imóvel. Apenas convicto do seu lugar escondido. Há dias e dias. Se por vezes contagiamos o mundo e brilhamos sem precisar explicar. Outras vezes a escuridão do nosso desespero faz-se sentir e espalha-se por tudo. Esta inconstância, a falta de fidelidade a sentimentos intermináveis, angustia e alegra diferentes momentos da vida. As fantasias vêm por acréscimo e valorizam esta estranha caminhada... Sonhos perdidos e desejos inigualáveis causam vitórias e levam ao fracasso. Se fossemos todos iguais, talvez fosse mais simples compreender quem está em volta. Assim sendo, a conquista do incerto entusiasma-nos na descoberta, não só de uma mente, mas também de um corpo.

sábado, 13 de setembro de 2014

Tenho os pés bem presos ao chão. Observo um demorado e meigo descolar. Vais lá dentro, estou a ver-te. O teu sorriso de orelha a orelha faz-me quase perder o medo, e deixar-me levitar nesse balão onde tu estás. Queria deixar-me, permitir-me, apoiar-me a ser diferente... a reconstruir-me enquanto pessoa com medos e vitórias. Sinto que é difícil, ao mesmo tempo que interiorizo que não é impossível. Quando já estás mais alto, e mais alto, e vento te vai puxando para cima, começo a refletir que há momentos que a distância não vale. Apesar do medo, sei que fui contigo... por aí fora. Sem consequências, sem questões... apenas deixei o meu pensamento livre para que pudesse alcançar quem bem entendesse! E encontrou-te a ti, meu amor.
Tantas palavras que leio e que nada me fazem descobrir em relação a ti. Procuro, penso e revivo um passado totalmente apagado. Tento reescreve-lo, recordar-me de ti! Mas estás longe, tão longe que é impossível alcançar-te. Cada vez pior. A dor aumenta e começa a ser insustentável transportá-la só em mim. Inconscientemente vou partilhando este sofrimento com as pessoas que me encontram nas suas vidas. Não és culpado... mas serei eu? O amor... esse não se perdeu! Vai crescendo de mão dada com a saudade, tentando equilibrar as minhas fantasias. É enorme isto que sinto por uma alma sem corpo, que reconheço estar junto de mim... Estás perto, eu sei! Mesmo que não te possa tocar, sei que sim! Sei que me amparas, que me proteges. A minha dor, o meu sofrimento, a minha angústia, sei que não podes controlar. Mas custa demais. Saber que o passado está cada vez mais distante e consequentemente mais apagado. Tenho medo de me esquecer da tua voz, do teu cheiro, do teu sorriso... Não te quero perder nunca de mim!

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Há dias em que o céu é um limite bastante baixo e que sufoca todas as minhas passadas. Sinto me agoniada por não existirem estrelas a iluminar o meu caminho. Quando observo a escuridão, sou completamente absorvida pela dor e pela tristeza. Não que seja sempre assim... Mas chega que aconteça para me deixar estendida, sem reacção. Estou a levitar num vazio sem retorno... As vozes dentro da minha cabeça, gritam como se fossem multidões a manifestarem diferentes opiniões. Estou baralhada. E com um mundo cada vez mais pequeno para mim, perco-me na tristeza do meu olhar. Se desmaiar resolvesse, só queria cair desamparada e esquecer tudo que de mau que ficou para trás. Não ajuda. Não resolve. Não diminui. A vida é simplesmente este caos que criamos sem pensar. A turbulência engole-nos através das tragédias e dos problemas. Se ser feliz fosse uma constante, talvez não tivesse tanta graça... A vida! Certamente seria mais simples e irreal, mas menos completa.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Amanhece as 5 da manhã e eu acordo as 7 como se já fosse meio dia. Depois de tomar banho num chuveiro super sônico, de pisar o chão alcatifado e de me vestir, insisto em olhar para o lado errado da estrada quando pretendo atravessar. Todos parecem atrasados para todo o lado, quando são conhecidos pela pontualidade (que os obriga a estar 10/15 minutos antes nos locais - mesmo que isso atrapalhe os outros). Os volantes do outro lado, confundem-me, quando observo as gigantes e intermináveis filas de trânsito. O atalho para o centro da cidade onde estou, inclui uma passagem por um velho cemitério, onde vejo sempre pessoas a conversar, a partilhar umas cervejas e ate mesmo a apanhar sol! Chego ao centro e lá estão os cantores de rua, acompanhados do seu instrumento musical, a cantar e a receber libras por entreterem um público que bebe cafés e chás em andamento. Nas lojas perguntam-me como vai o meu dia e tratam-me por "darling" ou "sweetheart". Se pretendo beber álcool, tenho que desmanchar a carteira tão arrumadinha para mostrar o cartão único e verificarem que sim, já posso (ainda que à noite todos - de todas as idades - tenham garrafas na mão e que pedindo uma cerveja num pub venha um balde dum litro). Apesar de potência mundial, encontro vários espaços verdes por todo o lado. Os senhores das obras (bastante semelhantes aos portugueses), acho que são iguais em todo o mundo!!! Os cabelos roxos, verdes e azuis, tudo ao mesmo tempo ou separado, acho que são fundamentais para colorir uma cidade, que hoje, está tão cinzenta! Casas pequenas com espaços suficientes para viver! Os tijolos característicos têm tanto de beleza como de velhice! Apesar dos excessos nocturnos evidentes, de dia comportam-se baseados na postura (às vezes irrita!!!) Não faltam mães adolescentes, a passear o carrinho de gêmeos ou de dois ou três filhos de idades diferentes, enquanto vêem lojas e os filhos entornam as coca-colas pelo vestido último grito! Os preços dos chocolate são mínimos quando comparados aos portugueses! As compras no supermercado são fantásticas: meia dúzia de pacotes que se põem no microondas 5 minutos e que se transformam em divinos manjares! No café pago 1£ por uma água e 0,80£ por um refrigerante! As tomadas/fichas são também diferentes, não só para perturbar os estrangeiros, mas sobretudo para vincar, salientar e reforçar que sim, são diferentes e únicos no mundo! Mais uma medida que sustenta a ideia de importância mundial! Contudo, e apesar de tudo, a pluralidade de nacionalidades deste país, enriquece-o ao mesmo tempo que cativa o mundo a conhecer a história de cidades tão valiosas e prósperas! A normalidade deste país, embora seja baseada na anormalidade no bom sentido, cativa bastante a descoberta por parte dos estrangeiros! Inglaterra devia ser paragem obrigatória!

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Grito porque estou sozinha... não sei bem explicar o que me arde por dentro. Não consigo perceber. Queria ser mais forte que a dor que me perturba e que não me deixa dormir. Se fugir resolvesse, mesmo que fosse atitude cobarde, assim preferia. A inocência e a distância não resolvem os problemas. Mas amenizam as repercussões. A saudade é um eco que não me sai da cabeça, da memória, do coração... de todos os poros do meu corpo! Sinto a tua falta PAI

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Uma palavra tão simples comporta a sua essência na complexidade que traz à vida de todos. Amor... Que palavra tão pequena face ao peso que carrega. Existem várias formas de amar. Eu por exemplo acredito no amor somente entre duas pessoas, independentemente do sexo a que pertencem. Nada mais é, que amor, forte, intenso e determinado. Todos os seres humanos têm, agregado à sua existência este comportamento que torna tudo tão complexo e fácil ao mesmo tempo. Esta dualidade transcendente é capaz de mudar o mundo de cada um. Antigamente, falo da época dos meus pais, mas sobretudo avós, o amor não era totalmente transparente. Era escondido, apesar de todos o conseguirem ver, caso quisessem. Mudavam-se as vidas consoante as paixões, e assim se vivia, com uma felicidade aparente de todos que fingiam ser o que não eram. Agora, a facilidade de apresentar um não ao "felizes para sempre" é mais que uma moda! É uma necessidade... Exprimir, transparecer, mas sobretudo experimentar fazem parte do manual de instruções subentendido de todos que habitam este planeta terra. A pouco e pouco se vão percebendo melhor estas novas formas de amar, de sentir, sobretudo se estar na vida. As pessoas vão se descobrindo, sem medos de julgamentos impunes. Simplesmente não conseguem esconder a intensidade dos seus sentimentos. Falo de amor! Amor de mãe ou pai, de filho, de prima, tia ou avô, de amigo, de namorada ou namorado ou mesmo de casados. Ninguém escolhe como amar. Ninguém sabe como deve sentir. Ninguém sabe como viver... Simplesmente se vão adaptando às circunstâncias. Aprende-se a amar como a respirar... É inconsciente! E é por isso que vale o mesmo um amor entre um homem e uma mulher, dois homens ou duas mulheres. É somente amor, puro e cru.

Mais vale sonhos, que mente branca...

Sempre me situei no horizonte do limite, apoiada nos meus sonhos que desconheço. Procurei-os por toda a parte... precisava saber mais características suas, para começar a trabalhar num projecto que me permitisse alcança-los. Não. Nunca me concederam esse desejo tão maravilhoso de conhecer os meus próprios sonhos. São inconscientes, irreais. Talvez taras, fantasias ou utopias. Desconheço de onde vieram e procuro saber para onde me levam...

O célebre beijo que inundou as redes sociais

A audiência que as pessoas dão a temas completamente descabidos só demonstra que não somos uma sociedade madura. Não há qualquer problema em dar um beijo a alguém do mesmo sexo. Contudo a complexa questão não está aí directamente, porque os jogadores já vieram esclarecer o porquê de tal beijo. Foi um engano, um lapso, um virar de caras em sintonia que levou a que os segundos em que as suas bocas mereceram contacto fossem projectados em vários ecrãs do mundo. Acontece! Pode ser entre homens, entre mulheres ou entre homens e mulheres! Simplesmente faz parte daquela imensa lista das coisas que não se controlam... Não percebo o súbito interesse e especulação num simples beijo.