terça-feira, 16 de outubro de 2012

Sinto-me como uma pétala. Livre, leve... solta! Ao mesmo tempo que desprotegida e vulnerável. Não sei... não sei se a felicidade está no meu pé, ou a dor na minha mão.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

É a sede humana que nos leva cada vez mais longe. Será ganância, necessidade ou desejo? Na verdade esta vontade cega de ir mais longe, leva a humanidade ao inimaginável. Se no tempo das árvores selvagens, da água límpida e das pessoas despidas se poderia pensar que algum dia se conheceria um mundo tal como ele é hoje. Atravessar vastos oceanos, voar pelo desconhecido, aquecer sem necessitar de fogo, usar uma rede que envolve e junta milhões de pessoas,... carros, naves, computadores, casas, roupas, supermercados, televisões, máquinas fotográficas, entre muitas outras coisas que fazem parte do dia-a-dia de muitos, e estão à distância minúscula de serem tratadas com importância nula. É estranho que a vida tenha tomado este rumo. Será que se esqueceram da verdadeira essência humana? Aquilo que existe em todas as pessoas, embora muitas tentem escondê-la, manipulá-la ou mascará-la. Mais importante que todos estes mecanismos ou meios que acompanham e facilitam a vida ao homem é indispensável a capacidade do homem da amar. O instinto de proteção, o carinho, a paixão, o entusiasmo, o amparo, a dedicação... enfim, todos os sentimentos que constroem o homem tal como ele é. E são eles que mantêm a verdadeira, mas esquecida, essência humana. Deve pensar-se que tudo tem um fim. Não como espírito derrotista, mas como forma sensata e verdadeira de encarar a situação humana. Embora o homem não encare a morte de forma totalmente amigável, ela faz parte de todos a partir do momento em que se nasce. É importante dar ouvidos ao que acontece cá dentro, dentro de cada um. Não se pode deixar nada por dizer ou fazer. Deve viver-se o mais intensamente possível. Por cada morte sofrida, há um nascimento desejado... é nisso que se tem de pensar!

Na hora da dor, somos todos iguais, ainda que passemos a vida a tentar ser diferentes.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012


Eu tentei. Ninguém me pode acusar de não ter tentado. Corri atrás. Esforcei-me. Mas não valeu de nada. Não tinha força ou poderes que pudessem mudar o rumo do destino. Chorei. Era eu que estava ali. Fui eu que vi. Assisti... Impotente. Reduzida a mim mesma... uma pessoa como tantas outras. Ver desfalecer ali um corpo que amo. Que sinto vontade de ter sempre em mim. Não foi fácil. Ninguém disse que o foi. Mas a incapacidade que me levou a não conseguir fazer nada persegue-me até hoje. Só pergunto “porquê”? Quem toma conta do percurso de vida das pessoas tem sentimentos? Não sei... não conheço. Mais uma vez numa área em que não estou confortável... não posso fazer nada. Agora resta-me apenas a saudade, a recordação. Penso que todos que amamos são um pedaço de nós. Ou seja, quem eu amo é uma parte de mim, que estará comigo até ser eu a morrer. Serei nada. Meu corpo desaparecerá. E por muito que se tente, a ligação com quem parte nunca é a mesma. A saudade, o amor permanecem... mas deixam de fazer parte da nossa vida. Um dia que me transforme em nada, quero levar comigo todas as pessoas que fizeram parte de mim um dia. AMO-TE PAI