terça-feira, 21 de julho de 2015

Hoje

Fui mágoa guardada de pesadelos jamais esquecidos. Na penumbra da saudade sempre guardei tudo que era nada. A pérola de felicidade foi intensa mas pequena tendo em conta a dimensão da vida. Se fosses mais longe, caminharia contigo e desistiria deste poço de escuridão. Sem ti sou apenas uma alma sozinha, sem rumo, perdida num destino implacável. O meu sonho era ser feliz... Mas a minha realidade sempre me empurrou mais para uma profunda tristeza. A dor que me acompanha, como uma sombra diária, maravilha-me enquanto me assusta com a incerteza. Tive receio de mudar e por isso contive em mim todos os sonhos imaginários, que me deram a luz para nunca parar!

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Vento

O vento que me empurra e me suga a alma, de forma firme e rápida, é o mesmo vento que em dias luminosos me beija a pele e me permite desfrutar da beleza de mais uma vida. Quando tudo fica cinzento e o vento traz as nuvens, também o meu pensamento reflete as más energias e me torna vulnerável como uma cria de qualquer animal, que não sabe fazer nada sem o auxílio de algum semelhante seu. Também eu queria a tua mão. Uma mão que estivesse sempre, que nunca desaparecesse! Sobretudo que a sua firmeza não permitisse que caísse uma e outra vez. O tempo passa, a dor e a saudade multiplicam-se, e só me resta saber como seria se tivesse aqui a tua mão junto de mim. O vento puxa-me! Nem sei o que fazer...