quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

É a sede humana que nos leva cada vez mais longe. Será ganância, necessidade ou desejo? Na verdade esta vontade cega de ir mais longe, leva a humanidade ao inimaginável. Se no tempo das árvores selvagens, da água límpida e das pessoas despidas se poderia pensar que algum dia se conheceria um mundo tal como ele é hoje. Atravessar vastos oceanos, voar pelo desconhecido, aquecer sem necessitar de fogo, usar uma rede que envolve e junta milhões de pessoas,... carros, naves, computadores, casas, roupas, supermercados, televisões, máquinas fotográficas, entre muitas outras coisas que fazem parte do dia-a-dia de muitos, e estão à distância minúscula de serem tratadas com importância nula. É estranho que a vida tenha tomado este rumo. Será que se esqueceram da verdadeira essência humana? Aquilo que existe em todas as pessoas, embora muitas tentem escondê-la, manipulá-la ou mascará-la. Mais importante que todos estes mecanismos ou meios que acompanham e facilitam a vida ao homem é indispensável a capacidade do homem da amar. O instinto de proteção, o carinho, a paixão, o entusiasmo, o amparo, a dedicação... enfim, todos os sentimentos que constroem o homem tal como ele é. E são eles que mantêm a verdadeira, mas esquecida, essência humana. Deve pensar-se que tudo tem um fim. Não como espírito derrotista, mas como forma sensata e verdadeira de encarar a situação humana. Embora o homem não encare a morte de forma totalmente amigável, ela faz parte de todos a partir do momento em que se nasce. É importante dar ouvidos ao que acontece cá dentro, dentro de cada um. Não se pode deixar nada por dizer ou fazer. Deve viver-se o mais intensamente possível. Por cada morte sofrida, há um nascimento desejado... é nisso que se tem de pensar!

Na hora da dor, somos todos iguais, ainda que passemos a vida a tentar ser diferentes.

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