segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Imagino-me seca. Como um ramo de flores cuidadosamente pousado na beira da janela. Dia após dia a sentir a intensidade, o calor, a luz do sol. Inútil. Imóvel. Apenas convicto do seu lugar escondido. Há dias e dias. Se por vezes contagiamos o mundo e brilhamos sem precisar explicar. Outras vezes a escuridão do nosso desespero faz-se sentir e espalha-se por tudo. Esta inconstância, a falta de fidelidade a sentimentos intermináveis, angustia e alegra diferentes momentos da vida. As fantasias vêm por acréscimo e valorizam esta estranha caminhada... Sonhos perdidos e desejos inigualáveis causam vitórias e levam ao fracasso. Se fossemos todos iguais, talvez fosse mais simples compreender quem está em volta. Assim sendo, a conquista do incerto entusiasma-nos na descoberta, não só de uma mente, mas também de um corpo.

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