sábado, 16 de julho de 2011


Somos todos iguais
Ela é loira, magra e com um metro e setenta. Eu tenho cabelo preto e sou normal. Definitivamente se passássemos as duas na rua, o mais provável seria só ela ter audiência. Eu sou casada, ela é solteira. Eu visto roupa descontraída, ela veste sempre vestidos sexys como se estivesse a tentar atrair alguém. Eu saio de casa com apenas creme na cara, ela arranja-se toda. Eu calço sapatilhas, por vezes sapatos; ela calça aqueles sapatos de tacão alto e agulha, que tornam o seu andar um rastilho para uma explosão. Eu abano a caneta, ela morde o lábio. Eu sou simples. Ela é provocante. Eu sou divertida. Ela é séria. Eu sou ternura, suavidade e carinho. Ela é selvagem.
Eu amo de forma incondicional e verdadeira. Ela ama o meu marido!
Não que me sinta ameaçada ou perseguida. Não sinto medo. Não quero fugir. Não me sinto em baixo.
Ela é incrível! Oh, que pernas compridas. Que cintura fina. Que cabelos loiros ondulados. Que olhos enormes. Que peito firme! Não temos comparação realmente. Eu não sou horrível... sou apenas mais indiferente que ela. Os meus cabelos pretos deixam-me muito semelhante ás restantes mulheres. A minha pele é pálida... e não tenho medidas formidáveis.
Incomodam-me sim pensamentos desfocados que me invadem a cabeça com a mensagem de que sou mais fraca. Ela é mais sensual, mais atraente, mais erótica. Ela tem um olhar feroz. Eu sou tímida.
Ela provoca. Eu converso.
Ela atrai. Eu observo.
Ela despe. Eu dispo.
Ela é solteira. Eu sou casada!
Ela gostava de assentar... eu tenho filhos!
Ela procura a cor da sua vida! Eu sou feliz...

É incrível o valor que a aparência tem na vida das pessoas!
Ainda assim, não é a imagem que dita a felicidade!!!

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