sábado, 9 de outubro de 2010

amar assim, desta maneira!


Chovia. Tão forte estava o temporal, que me aterrorizava, ainda que só pela janela. Faltavas aqui tu, a tua força distinta, para me proteger. Sou vulnerável, tanto quanto quando nasci. Estou desprotegida, como se saísse hoje da barriga da minha mãe. Nunca to demonstrei, para que não percebesses a fraca que sou. Mas, na verdade, sou medrosa, e tenho pânico de perder os que gosto. Podia ter medo de animais ferozes, de pessoas más… podia ter medo da água, ou de adormecer e não acordar! Não. Não tenho medo disso. Tenho um medo muito maior. Perder as pessoas que gosto. Perder quem está guardado no meu coração. Se fechar os olhos, e estiver no escuro, vejo o teu sorriso. Vejo o brilho dos teus olhos de felicidade. Se pensar em ti, recordo todos os tempos que viveste presente na minha vida. Recordo o teu cheiro, a tua roupa. Recordo-te na praia, no jardim, no carro. Recordo-te em todo o lado, simplesmente por não estares presente fisicamente, és omnipresente. Sinto a falta de aparares o meu choro, e perguntares sobre a minha felicidade. Sinto simplesmente a tua falta. Queria-te aqui comigo. Amo-te desta forma, como só sabe uma filha amar um pai.

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