domingo, 21 de novembro de 2010

ruiva



Sou terra. Fui mar. Não houve um momento em particular que me deixasse ser apenas o horizonte. Não fui apenas eu. Se olhasse para mim da janela, via uma estranha que não sabia o que fazia. É tão complicado olhar para o filme do passado da nossa vida, e sentir arrependimento. Talvez não mudasse nada porque com tudo o que se passou, aprendi! Mas, ainda assim, é estranho ver que o meu passado é de uma pessoa que não sou eu! Naquela altura era tão impotente e vulnerável, que me deixava apenas levar e possuir por ti, sem sequer me perguntar porquê! Se era feliz? Talvez! O comodismo falava sempre mais alto, e colava-me a ti. Foi estranho, fui diferente. Nem o mar e a terra estão tão diferentes como nós. Sinto-me nua quando me abordas com o que eu fui! Não sou assim. Queria conseguir caminhar e esquecer que um dia fui cinza... apesar de agora estar bem a cores! Se te quero? Hummm... não sei!
Ruiva

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